ANGINA DO PEITO

2 setembro, 2019

ANGINA DO PEITO




É a dor no centro do peito com sensação de opressão ou queimação irradiada para o pescoço, mandíbula, ombros e braços (mais frequente do lado esquerdo) e acompanhada de suor frio, náuseas, falta de ar, palidez cutânea ou sensação de desmaio. Nem todas estas características podem estar presentes no momento da dor mas a presença de pelo menos duas já faz a suspeita ser maior.

A angina de peito é chamada de estável quando provocada pelo esforço físico ou às vezes por estresse emocional e se alivia no repouso. A angina estável reflete uma obstrução grave porém não total de uma ou várias artérias coronárias. As coronárias são as artérias que fornecem irrigação sanguínea para o próprio músculo cardíaco garantindo o correto funcionamento do coração.

A falta de investigação ou o incorreto tratamento da causa da angina estável pode levar a problemas mais graves como: evolução para angina instável ou até infarto do miocárdio, arritmias cardíacas malignas e insuficiência cardíaca com sequelas muitas delas irreversíveis. Procure seu médico cardiologista para uma correta avaliação desta doença.

A angina de peito passa a ser instável quando ocorre em repouso. Desta vez a obstrução nas coronárias é crítica porém não chega a provocar ainda a morte do músculo cardíaco. O atendimento da angina instável tem que ser realizada em ambiente de pronto socorro e sem demora.

     

    ANEURISMA DE AORTA TORÁCICA

    2 setembro, 2019

    ANEURISMA DE AORTA TORÁCICA



    É a dilatação patológica da aorta torácica. A aorta é a maior das artérias do corpo humano. Origina-se no coração, percorre o tórax e abdome e ao longo da sua trajetória dá origem a grandes vasos arteriais que fornecem sangue para o resto do organismo.

    A chance de desenvolver esta doença aumenta com o passar da idade, principalmente em homens acima dos 65 anos, e essa chance se potencializa com a co-existência de fatores de risco tais como: diabetes, tabagismo, hipertensão, aumento do colesterol no sangue, e em casos mais raros após traumas. Em pessoas mais jovens pode se apresentar como parte de síndromes genéticas (exemplo: síndrome de Marfan, acromegalia, entre os mais frequentes).

    O aneurisma dissecante da aorta ou simplesmente conhecido como dissecção da aorta é uma condição mais grave visto que nesta situação há uma separação das camadas de tecido que compõem a parede da aorta. Geralmente se apresenta concomitantemente com picos hipertensivos e taquicardia fazendo com que o próprio sangue infiltre a parede da aorta e termine se abrindo caminho entre as suas camadas.

    Este processo gera dor no segmento da aorta acometido e no caso do segmento torácico provoca dor com sensação de desgarro no peito e em repouso com características muitas delas semelhantes às de um infarto do miocárdio. No entanto existem dados específicos no exame físico que ajudam ao médico fazer o diagnóstico diferencial.

    É uma condição potencialmente letal que na sua suspeita dever ser atendida em ambiente de pronto socorro sem demora.

     

    EMBOLIA PULMONAR

    2 setembro, 2019

    EMBOLIA PULMONAR


    É a obstrução de uma ou várias artérias do pulmão causadas por fragmentos de gordura, coágulos de sangue, células cancerosas ou inclusive grandes bolhas de ar.

    A causa mais comum é a trombose venosa profunda, condição em que inicialmente há a formação de um coágulo em uma veia profunda da perna, quadril ou do braço. Posteriormente o coágulo se desprende do seu local venoso original viajando pelo torrente sanguíneo até chegar à circulação dos pulmões.

    Alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolver esta condição: transtornos de coagulação (histórico familiar de trombose ou embolias); câncer; repouso absoluto prolongado (ex. após cirurgias, fraturas de ossos longos e outras condições que levem a acamamento prolongado), ficar sentado por períodos prolongados (especialmente em jornadas de trabalho e viagens longas), obesidade, tabagismo, uso de anticoncepcionais orais estrogênicos, gravidez entre os mais frequentes.

    A embolia pulmonar apresenta-se com dor torácica e falta de ar súbitos e em repouso. A dor é aguda, penetrante, aumenta quando a pessoa respira fundo, tosse ou se encurva. A tosse pode ter sangue ou escarro sanguinolento. A falta de ar aparece de forma repentina como se fosse uma respiração ofegante, com aumento da frequência respiratória, taquicardia e percepção de piora progressiva. Pode haver tontura ou inclusive desmaio e no casos mais graves coloração azulada da pele.

    Na suspeita de embolia pulmonar não adie a procura de atendimento via pronto socorro.

     

    PALPITAÇÃO

    2 setembro, 2019


    PALPITAÇÃO (“BATEDEIRA NO PEITO”)

    O que é palpitação?

    Palpitação é a percepção dos batimentos cardíacos com desconforto e sensação de que estes batimentos estão fora de compasso.

    De forma habitual uma pessoa normalmente não sente os próprios batimentos cardíacos.

    Geralmente o paciente queixa-se, em repouso, de que o coração está acelerado, que sente os batimentos na garganta, ou ainda, que o coração vai sair pela boca associado a mal estar, cansaço aos pequenos esforços, falta de ar, e às vezes, dor torácica.

    O que causa as palpitações?


    Várias são as possíveis causas sendo mais frequentemente as arritmias cardíacas, síndrome do pânico, distúrbios de ansiedade e depressão, anemia, febre, a desidratação, hipertireoidismo entre outras causas.

    Como tratar as palpitações?

    O tratamento depende da causa bastando apenas corrigi-la. Por exemplo: Se a causa da

    palpitação for febre, ela desaparecerá quando a temperatura corporal se normalizar. Se a

    taquicardia ocorrer por distúrbios de ansiedade, o tratamento com o ansiolíticos sob vigilância de um psiquiatra costuma ser eficaz e suficiente. O tratamento correto do hipertireoidismo pode ser suficiente para abolir a palpitação. Porém a fim de descartar, como causa das palpitações, as arritmias cardíacas faz-se necessária uma correta avaliação cardiológica com exames de imagem específicos. Muitas vezes, dependendo do tipo de arritmia, o tratamento medicamentoso é suficiente. Arritmias mais complexas podem necessitar de tratamentos intervencionistas como por exemplo ablação por radiofrequência ou crio-ablação.

    Portanto caso sinta palpitações procure seu cardiologista para fazer uma avaliação detalhada que guie a um correto diagnóstico da causa para garantir o melhor tratamento.


     

    DISPNEIA

    2 setembro, 2019


    DISPNEIA (FALTA DE AR)

    O QUE É DISPNEIA?

    A falta de ar, conhecida em medicina como dispneia, é a percepção da dificuldade para

    respirar, ou seja quando uma pessoa sente ser insuficiente a quantidade de ar que ingressa

    aos pulmões ou que sai deles.

    Em casos mais graves pode haver arroxeamento nos lábios e na pele.

    O QUE PROVOCA A DISPNEIA?

    * OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS

    Engasgos com objetos, asma, bronquites entre outros.

    * DOENÇAS QUE ACOMETEM PRIMARIAMENTE O PULMÃO:

    Pneumonia, tuberculose, derrame pleural volumoso, entre outros.

    * PROBLEMAS CARDIOCIRCULATÓRIOS

    Insuficiência cardíaca congestiva, embolia pulmonar, arritmias cardíacas,

    infarto do miocárdio, derrame pericárdico, hipertensão pulmonar, entre outros.

    * ALTERAÇÕES NA CAIXA TORAXICA

    Escoliose e outras deformidades da coluna dorsal, fraturas ósseas, obesidade mórbida, entre

    outras.

    * OUTRAS CAUSAS

    Intoxicações medicamentosas ou com drogas ilícitas, ansiedade (transtorno do pânico),

    gravidez.

    COMO SE FAZ O DIAGNÓSTICO DE UMA EVENTUAL CAUSA CARDIOLÓGICA DE FALTA

    DE AR?

    Na investigação de uma eventual causa cardiológica de dispneia (falta de ar) podem ser

    empregados exames laboratoriais e de imagem como RX de tórax, eletrocardiograma,

    ecocardiograma sendo os mais utilizados. Em casos mais complexos pode haver necessidade de exames mais sofisticados como tomografias, cintilografia ou até ressonância cardíaca.

    A DISPNEIA DE ORIGEM CARDÍACA TEM TRATAMENTO?

    Sim. Uma vez identificada a causa o tratamento da mesma poderá ser realizado desde o uso de medicação cardiológica específica até o emprego de medidas invasivas direcionadas a resolução dessa causa. Casos mais graves podem ser tratados com a combinação ambas

    medidas. O primeiro passo importante e a avaliação clínica do seu médico cardiologista que irá trilhar a melhor terapêutica caso a caso.


     

    SOPRO CARDÍACO

    2 setembro, 2019


    SOPRO CARDÍACO (“SOPRO NO CORAÇÃO”)

    O QUE É “SOPRO NO CORAÇÃO”?

    O sopro cardíaco é um ruído auscultado no coração durante o exame físico. Reflete a

    turbulência gerada pela passagem de sangue através de um orifício de tamanho menor que o normal.

    Uma pessoa pode nascer com um sopro no coração (sopro congênito) ou pode desenvolvê-lo ao longo da vida (sopro adquirido).

    O QUE PODE CAUSAR OS SOPROS NO CORAÇÃO?

    * Anomalias nas válvulas do coração:

    Podem provocar sopros cardíacos os estreitamentos valvares (estenoses) ou falhas de

    fechamento com refluxo valvar (insuficiências). O problema pode ser decorrente de febre

    reumática, endocardite, calcificações, traumas e degenerações próprias do envelhecimento.

    * Anomalias anatômicas cardíacas não valvares:

    O coração está dividido em quatro câmaras pela presença de septos entre elas. A presença de comunicações anômalas entre estas câmaras pode gerar um sopro cardíaco.

    POSSÍVEIS SINAIS E SINTOMAS ASSOCIADOS A UM SOPRO CARDÍACO PATOLÓGICO

    Alguns sintomas e sinais quando presentes junto aos “sopros no coração” podem alertar de um problema cardíaco mais avançado. Exemplo: pele azulada, falta de ar, fadiga, tosse de longa data, ganho repentino de peso, falta de apetite, veias do pescoço aumentadas, retardo de crescimento em crianças, dor no peito, desmaios.

    O QUE FAZER QUANDO SE TEM UM “SOPRO NO CORAÇÃO”?

    Procure seu cardiologista para ele fazer o diagnóstico da causa de base através de um correto exame clínico associado ao emprego de exames complementares específicos (exemplo: eletrocardiograma, Rx de tórax, ecocardiograma).

     

    SÍNCOPE

    2 setembro, 2019


    SÍNCOPE (”Desmaio”)

    O QUE É SÍNCOPE (“DESMAIO”)?

    O desmaio” ou síncope é a perda momentânea de consciência e do controle

    corporal decorrente de uma queda brusca na quantidade de sangue e oxigênio que chegam ao

    cérebro. Pode estar precedido de palidez, visão turva, suor frio, tonturas e até palpitações.

    O QUE PODE CAUSAR OS DESMAIOS?

    - Antihipertensivos mal ajustados.

    - Desidratação

    - Arritmias cardíacas

    - Doenças das valvas cardíacas.

    - Síncope vasovagal.

    - Embolia pulmonar.

    - Convulsão e epilepsia.

    - Entre outras.

    TRATAMENTO DA SÍNCOPE

    Procure seu médico cardiologista para realizar a pesquisa das possíveis causas através de

    uma correta avaliação clínica e exames complementares direcionados a pesquisa de causa.

    O tratamento e único caso a caso.


     

    INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

    2 setembro, 2019


    INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

    O que é?

    A insuficiência cardíaca é a incapacidade do coração para bombear a quantidade suficiente de sangue para atender às necessidades do corpo. Esta incapacidade pode ser o resultado da diminuição da força de contração do músculo cardíaco, da perda da sua elasticidade ou de ambas. O resultado final é o acúmulo de líquido que, ao não ser distribuído de forma correta, termina sendo retido nos pulmões, fígado, pernas e outras partes do corpo.

    O quê causa a insuficiência cardíaca?

    Várias doenças podem causá-la quando não tratadas de forma correta e oportunamente:

    pressão arterial alta, diabetes, doença coronária (angina, infarto do miocárdio), valvulopatias

    cardíacas graves, miocardite, endocardite, cardiopatias congênitas (desde o nascimento), entre outras.

    Quais são os sintomas da insuficiência cardíaca?

    Em fases iniciais pode não haver sintomas. Quase sempre o primeiro sintoma é a falta de ar

    ou o cansaço fácil.

    Já em fases mais avançadas entre os sintomas mais frequentes estão: inchaço dos pés e

    pernas, dificuldade para dormir devido a sede de ar noturna o que inclusive pode levar ao

    paciente usar mais travesseiros ou dormir sentado. Abdome inchado, perda de apetite, veias do pescoço inchadas, tosse seca ou com catarro espumoso, aumento da vontade de ir ao banheiro durante a noite, confusão mental ou falta de memória.

    Como fazer o diagnóstico de insuficiência cardíaca?

    Apenas o médico e de preferência cardiologista poderá dizer se o paciente tem insuficiência

    cardíaca e o grau de progressão uma vez realizada uma correta coleta de dados referente ao histórico de doenças passadas e atuais, fatores de risco, estilo de vida e antecedentes

    familiares.

    A isto e não menos importante se soma um correto exame físico avaliando coração, pulmões, pescoço, abdome, extremidades mais a complementação de exames específicos.

    Qual é o tratamento da insuficiência cardíaca?

    Existe um leque de tratamentos que vão desde mudanças de estilo de vida, passando por

    medicamentos específicos e chegando até procedimentos invasivos ou cirúrgicos a depender do caso e da progressão da doença. Contudo consulte o seu médico

    cardiologista para uma melhor definição do quadro atual a fim de estabelecer a melhor opção de tratamento.

     

    ARRITMIAS CARDÍACAS

    2 setembro, 2019


    ARRITMIAS CARDÍACAS

    Que são as arritmias cardíacas?

    São ritmos cardíacos anormais caracterizados por sequências de batimentos cardíacos

    irregulares muito rápidos ou muito lentos causados geralmente por cardiopatias.

    O que causa uma arritmia cardíaca?

    Muito frequentemente uma arritmia cardíaca surge como consequência de doença coronária (angina, infarto do miocárdio), valvulopatias, doenças primárias do músculo cardíaco ou em

    fases avançadas da insuficiência cardíaca.

    Drogas ilícitas (ex. cocaína) podem provocar arritmias cardíacas. Outras causas tem a ver com doenças cardíacas congênitas (desde o nascimento).

    Já no envelhecimento as alterações no sistema de condução elétrica dentro do coração podem aumentar a probabilidade do aparecimento das arritmias.

    As arritmias rápidas podem ser desencadeadas pelo exercício, estresse emocional, consumo excessivo de álcool, tabagismo, antialérgicos e até medicamentos aparentemente inofensivos como descongestionantes nasais, broncodilatadores e outros antigripais.

    Uma causa muito frequente de arritmia rápida é o hipertireoidismo, condição em que a glândula tireoide secreta uma excessiva e anormal quantidade do hormônio chamado tiroxina.

    As arritmias lentas podem ser provocadas por dor, cansaço, desarranjos intestinais (diarreias, vômitos) entre as causas mais frequentes.

    Uma causa frequente de arritmia lenta é o hipotireoidismo, condição em que a glândula

    tireoide secreta uma deficiente quantidade do hormônio chamado tiroxina.

    Quais são os sintomas das arritmias cardíacas?

    O principal sintoma é a palpitação, ou seja a percepção dos batimentos cardíacos. No entanto tal percepção varia de pessoa a pessoa.

    As arritmias mais graves podem provocar tonturas, sensação de desmaio, síncope ou até

    morte súbita. As arritmias cardíacas podem agravar os sintomas de quem já tem uma

    cardiopatia subjacente podendo aumentar a chance de piorar sintomas como angina e

    dispneia (falta de ar).

    Como fazer o diagnóstico de uma arritmia cardíaca?

    Através da avaliação presencial do seu cardiologista que definirá se a sua palpitação é rápida, lenta, regular, irregular pela realização de uma correta história clínica e exame físico.

    O exame complementar fundamental e inicial é o eletrocardiograma. No entanto existem outros exames mais sofisticados como holter e o monitor de eventos cardíacos (looper).

    Quais são os tratamentos das arritmias cardíacas?

    A depender do tipo de arritmia e da sua gravidade o tratamento pode varias desde o emprego de fármacos antiarrítmicos, estimulação do ritmo cardíaco, choque elétrico (em ambiente hospitalar), ou procedimentos invasivos como ablação. Quem definirá o tratamento sempre será seu médico cardiologista.

     

    HIPERTENSÃO ARTERIAL

    2 setembro, 2019


    HIPERTENSÃO ARTERIAL

    O que é hipertensão arterial?

    É uma doença multifatorial caracterizada pelo aumento sustentado dos níveis pressóricos acima de 140 mm Hg (pressão sistólica - primeira cifra da pressão arterial), e/ou 90 mm Hg (pressão diastólica - segunda cifra da pressão arterial). Muitas vezes está associada a alterações funcionais e/ou anatômicas de órgãos-alvo (rins p. ex) e distúrbios metabólicos.

    Pode ser agravada pela presença de outros fatores de risco como: dislipidemia, intolerância a glicose e diabetes mellitus, obesidade abdominal. A hipertensão arterial quando não controlada pode provocar acidente vascular encefálico (infarto cerebral e/ou "derrame cerebral"), infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, doença arterial periférica,

    doença renal crônica entre outras complicações.

    Nos EEUU a hipertensão arterial é responsável por 45% das mortes cardíacas

    e 51% das mortes decorrentes de acidente vascular encefálico.

    No Brasil a hipertensão arterial afeta 33% da população de adultos, mais de 60% dos idosos e contribui para 50% das mortes de causa cardiovascular.

    Quais são os fatores de risco para desenvolver Hipertensão Arterial?

    São vários sendo os principais: idade (enquanto a pessoa envelhece há mais chance de ficar hipertensa); sexo e etnia (havendo maior prevalência nas mulheres e na raça negra); ingestão de sal (o consumo máximo e recomendado de sódio é de 2 g/dia); consumo frequente e elevado de bebidas alcoólicas (ou seja 30-40 g de álcool/dia); sedentarismo; menor nível de escolaridade; fatores genéticos (hereditários); entre outros.

    Quais são os sintomas da hipertensão arterial?

    A pessoa pode evoluir totalmente assintomática (daí que seja considerada uma

    doença silenciosa) ou debutar com sintomas como tonturas, zumbido de ouvidos, falta de ar

    (dispneia), dor torácica, palpitações, entre outros. Geralmente os sintomas podem

    aparecer quando os níveis pressóricos estão muito elevados ou quando a doença se arrasta

    por um longo período de tempo por desconhecimento ou devido a tratamento inadequado.

    Como é feito o diagnóstico da hipertensão arterial?

    A história e o exame físico realizados pelo seu cardiologista são os mais imediatos recursos

    para o diagnóstico.

    Para complementação pode ser necessário o emprego de exames específicos laboratoriais e de imagem no intuito de classificar o risco cardiovascular e identificar possíveis causas

    secundárias, lesões de órgãos alvo e doenças associadas (ex: diabetes, hipertireoidismo,

    DISLIPIDEMIA, insuficiência renal, entre outras).

    Como é feito o tratamento da hipertensão arterial?

    A terapêutica da hipertensão arterial parte desde o tratamento não medicamentoso: controle do peso corporal, aspectos nutricionais, atividade física, cessação do tabagismo, respiração lenta (6-10 respirações por minuto), controle do estresse físico (como o causado pela dor

    por exemplo), controle do estresse emocional (ansiedade por exemplo). Já o tratamento

    medicamentoso abrange o emprego de uma ou várias drogas anti-hipertensivas associadas em função do nível de hipertensão arterial à qual o paciente for classificado e no intuito de atingir as chamadas metas terapêuticas. O tratamento medicamentoso é único para cada indivíduo. Daí a importância da pessoa ser corretamente avaliada e tratada por um médico cardiologista.

    Obs.: nos casos de hipertensão arterial de causa secundária o tratamento de tal causa pode

    resolver definitivamente a hipertensão arterial.

     

    DISLIPIDEMIAS E ATEROSCLEROSE

    2 setembro, 2019


    DISLIPIDEMIAS E ATEROSCLEROSE (DEPÓSITOS DE GORDURA NAS ARTÉRIAS)

    O que é a dislipidemia e o que é a aterosclerose?

    A dislipidemia é uma condição clínica caracterizada pelo aumento dos níveis sanguíneos de "lipoproteínas vilãs", triglicérides ou ambos. A aterosclerose (depósito de gordura nas artérias) é uma doença inflamatória crônica de origem multifatorial que ocorre em resposta á agressão endotelial (endotélio = camada interna dos vasos sanguíneos) por parte de outras doenças como hipertensão arterial, dislipidemia, diabetes, tabagismo, entre outras.

    O colesterol em si não é o vilão, e sim certo tipo de proteínas que o

    transportam: as chamadas lipoproteínas. Em termos "práticos" as lipoproteínas

    de maior importância clínica são: VLDL e LDL (consideradas vilãs por promover

    o depósito de colesterol na parede das artérias); a lipoproteína A que tem

    sido associada a progressão da placa de gordura nas artérias e a HDL (considerada como fator protetor por transportar o colesterol dos tecidos periféricos -artérias por exemplo- para o fígado onde é metabolizado, assim reduzindo a chance de depósito do colesterol nas artérias). Por tanto a redução dos níveis sanguíneos de HDL também é considerada como dislipidemia.

    Quais são as causas das dislipidemias?

    Podem ser de origem genética (hereditária), secundárias de estilo de vida inadequado (exemplo: sedentarismo, obesidade, ingestão excessiva de gorduras trans, etilismo, tabagismo, entre outras); decorrentes de condições mórbidas (exemplo: insuficiência renal crônica, hepatopatias crônicas, diabetes mellitus, hipotireoidismo, entre outras) e inclusive provocadas por medicamentos (exemplo: anabolizantes, corticosteróides, anticoncepcionais, entre outros).

    Quais são os sintomas?

    A pessoa pode evoluir totalmente assintomática (daí que seja considerada uma doença silenciosa) ou debutar com sintomas como tonturas, angina, ou nas extremidades

    (casos de aterosclerose grave). Geralmente os sintomas podem aparecer quando a doença se arrastou por um longo período de tempo por desconhecimento ou devido a tratamento

    inadequado.

    Como é feito o diagnóstico?

    Através de exames laboratoriais visando principalmente a dosagem em sangue dos níveis de triglicérides e lipoproteínas LDL-c e HDL-c. Dosagens de outras lipoproteínas apenas em casos específicos. A coleta da amostra de sangue deverá ser feita em jejum de 12 h.

    Após análise dos resultados, dos antecedentes e do exame clínico o paciente será

    classificado em determinado nível de risco cardiovascular em função do qual serão

    perseguidas as chamadas metas terapêuticas.

    Como é feito o tratamento?

    A terapêutica das dislipidemias parte desde o tratamento não medicamentoso: controle do peso corporal, aspectos nutricionais (exemplos: redução da ingestão de gorduras

    saturadas, gorduras trans, de fibras solúveis, de proteínas da soja), atividade física, cessação do tabagismo, redução de ingestão de bebidas alcoólicas, entre

    outros. Já as medidas farmacológicas envolvem o emprego de medicamentos específicos (tradicionais e de última geração) cuja indicação como medicamento único ou como medicamentos associados poderá ser realizado por um médico cardiologista visando atingir a meta terapêutica. Cada tratamento é único e individual para cada paciente.